Juventus é investigada pela Justiça italiana e pode ter o mesmo rumo de 2006, quando foi punida com rebaixamento
A Juventus está mais uma vez na mira da Justiça italiana e pode sofrer punições severas caso as novas investigações confirmem os supostos crimes financeiros cometidos pelo clube.
Segundo o Ministério Público de Turim, a Juventus fez investimentos que superaram as previsões orçamentárias e outras operações consideradas “pouco precisas”, incluindo pagamento de altos salários.
As investigações se concentram nos últimos três anos. Se for considerada culpada, a Juve pode perder o título conquistado na temporada 2019/2020 do Campeonato Italiano e ainda ser rebaixada para segunda divisão, conforme punição prevista pela Codacons (Associação Italiana pelos Direitos dos Consumidores).
Em 2006, o clube de Turim sofreu uma punição semelhante no chamado “Calciopoli”, esquema de manipulação de resultados no futebol italiano. O título de 2004/2005 foi retirado e a Juventus foi rebaixada, disputando a Série B da Itália na temporada 2006/07.
No atual processo, os relatórios indicam que o clube lançava ganhos de capital fictícios provenientes da compra e venda de jogadores em seu balanço. E essas receitas seriam de natureza meramente contábil.
Ainda de acordo com o Ministério Público, as operações suspeitas totalizam pouco mais de 280 milhões de euros em três anos. São 42 transferências realizadas entre 2019 e 2021, incluindo a contratação do português Cristiano Ronaldo.
Os investigadores acreditam que a Juventus usava a cessão de jovens jogadores por valores fora do padrão, com o intuito de esconder prejuízos. Em outras palavras, o clube italiano adquiria o atleta por determinada quantia e, para não lançar esse número no balanço, dizia que havia cedido por um valor parecido.
A Juventus pode sofrer a sanção esportiva caso seja comprovada a fraude. Além do clube, também são investigados o presidente Andrea Agnelli, o vice-presidente Pavel Nedved, o ex-diretor esportivo Fabio Paratici, o diretor financeiro Stefano Cerrato, o ex-diretor financeiro Stefano Bertola e o ex-dirigente Marco Re.
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